Um contrato milionário entre a Prefeitura de Marcionílio Souza e a locadora Lukdan, sediada em Andaraí (BA), revela um escândalo de corrupção que desviou milhões dos cofres públicos em 5 anos. A empresa, que possui um capital social de apenas R$ 400.000, recebeu aproximadamente R$ 8 milhões da prefeitura por uma "frota fantasma" – enquanto tem apenas 14 veículos registrados, o valor pago daria para comprar mais de 60 carros zero.
Os números mostram a dimensão do prejuízo. A Locadora Lukdan, com capital social modesto de R$ 400.000, faturou 20 vezes esse valor em contratos com a prefeitura. Enquanto a empresa tem apenas 14 carros para aluguel, os R$ 8 milhões desembolsados pelos cofres públicos seriam suficientes para adquirir uma frota própria de mais de 60 veículos novos.
O contrato, vigente até novembro de 2025, evidencia superfaturamento gritante. Especialistas afirmam que a diferença de mais de 400% entre o valor pago e a frota real configura fraude. "Uma empresa com capital de R$ 400.000 receber R$ 8 milhões por um serviço questionável mostra a gravidade do caso", comentou um promotor que preferiu não se identificar.
A Lukdan, sediada em Andaraí e com capital social de R$ 400.000, ao ser questionada, limitou-se a dizer que "cumpre os termos do ajuste", sem explicar a disparidade. A prefeitura não se manifestou sobre as denúncias.
Os R$ 8 milhões desviados deixaram um rastro de prejuízos para a população, que deixou de receber investimentos em saúde, educação e infraestrutura. O caso expõe como o crime continua compensando às custas do erário público.
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